|
Indígena prestou depoimento esta tarde (FOTO: WAGNER GUIMARÃES) |
|
O
professor indígena Alberto França Dias, da
aldeia Buriti, prestou depoimento hoje (8) à CPI do Cimi (Conselho
Indigenista Missionário) e se esquivou de todas as perguntas relativas ao órgão,
que sofre investigação por supostamente incitar e financiar invasões de terras
particulares em Mato Grosso do Sul.
Questionado pela presidente do colegiado sobre o papel
desempenhado pelo Cimi nas aldeias, ele disse que não sabe responder. Entretanto,
admitiu conhecer figuras que de forma recorrente têm o nome citado em processos
de invasões, como Flávio Machado, Egon Heck, Rogério Batalha, Irmã Joana e Rui
Sposati.
Ele também se esquivou de perguntas à participação do Cimi
nas Assembleias do Povo Terena.
Apesar do nome “Professor Alberto” constar de um livro ata
encontrado na sede da fazenda Querência São José, o depoente
disse desconhecer o documento.
Outra ata, no mesmo livro, se reporta a uma reunião com o “advogado
Dr. Rogério”, em referência a Rogério Batalha. Ele também negou envolvimento,
apesar de admitir ter participado do processo de invasão da fazenda.
O depoente
foi questionado se havia outro “Professor Alberto” na aldeia e também negou.
Para
Mara Caseiro, ele foi muito invasivo durante a oitiva, o que gera dúvidas sobre
a veracidade de suas declarações.
“Apesar
de só haver um professor Alberto na aldeia, ele diz não ter conhecimento de
qualquer documento citado pela CPI”, afirmou.
Além
do professor indígena, também prestou depoimento nesta terça-feira a produtora
rural Roseli Ruiz, proprietária da fazenda Barra, localizada em Antônio João. |